Partida da Taça Brasil sub-09 tem um minuto de silêncio após morte de Adílio


05/08/2024

(Foto: GE)

Por Lucia Chaves - Imprensa CBFS• Barueri | SP

O futsal amanheceu de luto nesta segunda-feira (05 de agosto). Adílio, campeão do mundo pelo Flamengo e pela Seleção Brasileira de Futsal, faleceu após a luta contra um câncer no pâncreas. A partida pela Taça Brasil sub-09 de futsal entre Fluminense e Operário Fut Foz teve um minuto de silêncio. 

O Lula, atualmente supervisor de preparação específica no Fluminense Futsal, comentou sobre o período que jogaram juntos na Seleção. “Foi o primeiro Mundial FIFA na Holanda 1989. Era até meu companheiro de quarto e conseguimos o primeiro Título do Brasil na FIFA. Tive o prazer de jogar com o Adílio, ele era o único atleta do futebol de campo juntos com os salonistas”, comentou. 

O Flamengo soltou uma nota oficial nesta manhã: 

“Camisa 8 de uma Nação: Adílio de Oliveira Gonçalves ou simplesmente Adílio, o Brown, o orgulho da Cruzada São Sebastião, ou para o Flamengo, um símbolo do que é amar o Manto.


Técnico e decisivo, com seus dribles cheio de ginga e seus passes precisos, entrou na galeria dos grandes da história rubro-negra.


Chegou à Gávea, pulando o muro para jogar futebol de salão. Não havia obstáculos para realizar seus sonhos e cumprir sua missão de ser tornar ídolo e uma lenda no Mengão. Foi logo convidado a ficar e fez dali a sua casa.


Em uma geração histórica, com alguns dos maiores craques de todos os tempos do futebol brasileiro, Adílio se destacava e era decisivo: fez gol na vitória de 3 a 0 sobre o Liverpool, que deu o título Mundial ao Flamengo em 1981. Foi o melhor em campo e autor do gol do título na final do Brasileiro de 1983, no 3 a 0 contra o Santos.


Pelo Flamengo, foi cinco vezes campeão Carioca (1978-1979 Especial- 1979, 1981 e 1986), campeão da Taça Guanabara em 1980 (campeonato à parte do Carioca), três vezes campeão Brasileiro, Campeão da Libertadores da América (1981) e Mundial (1981). Fez 617 partidas e 129 gols. Também foi técnico das divisões de base entre 2003 e 2008, chegando a dirigir a equipe profissional por dois jogos em 2006.


Mais do que um ídolo, Adílio era parte da Nação e representou em campo e na vida o que é ser Flamengo. Todo rubro-negro tem o privilégio de poder reverenciar o "Brown" como integrante da prateleira mais alta do nosso panteão. Hoje, nos despedimos do nosso Camisa 8, mas para nossa sorte, assim como o traçado do número eternizado, Adílio é infinito”.